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Rússia contradiz Trump e rejeita força de paz europeia; ataque intensifica caos em Kiev.

Ex-presidente dos EUA afirmou que Putin havia aceitado tropas após trégua, mas Kremlin nega e intensifica ofensiva na capital ucraniana.

O governo da Rússia rejeitou, nesta segunda-feira (26), a declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o presidente russo, Vladimir Putin, teria concordado com o envio de uma força de paz europeia para a Ucrânia após uma eventual trégua. A negativa veio poucas horas depois de um ataque aéreo atingir Kiev, provocando destruição e agravando o clima de caos na capital ucraniana.

Trump havia feito a declaração ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, durante um evento em Paris, sugerindo que um acordo informal com Putin teria sido discutido para permitir a presença de tropas internacionais com o objetivo de garantir um cessar-fogo.

Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que “não há qualquer negociação em andamento sobre a presença de forças de paz estrangeiras” e classificou as declarações de Trump como “infundadas e desinformativas”. Segundo Peskov, qualquer presença militar estrangeira em território ucraniano sem o consentimento da Rússia seria vista como uma provocação.

Ataque em Kiev agrava tensão

Enquanto as declarações causavam tensão no cenário diplomático, a Rússia intensificou sua ofensiva em Kiev. Um bombardeio realizado durante a madrugada atingiu bairros residenciais e infraestruturas essenciais, como estações de energia e centros de comunicação.

As autoridades ucranianas relataram ao menos 15 mortos e dezenas de feridos. O prefeito da capital, Vitaliy Klitschko, afirmou que o ataque foi “um dos mais intensos desde o início do conflito”, forçando milhares de civis a buscar abrigo em estações de metrô e porões.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques e criticou a postura da Rússia diante das declarações de Trump. Em um discurso transmitido em rede nacional, Zelensky afirmou que “o verdadeiro compromisso com a paz exige ações, não negações vazias”.

Repercussão internacional

As declarações de Trump geraram reações imediatas na comunidade internacional. A União Europeia, que estuda a possibilidade de criar uma missão de paz, reiterou que qualquer ação nesse sentido depende da aprovação do Conselho de Segurança da ONU e do consentimento das partes envolvidas.

O presidente francês, Emmanuel Macron, não comentou as negativas russas, mas reforçou que a Europa precisa estar preparada para “atuar de forma coordenada em busca da estabilidade no leste europeu”.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca se distanciou das declarações de Trump, afirmando que o ex-presidente “não representa a posição oficial do governo americano” e que não há negociações em andamento com Moscou sobre uma força internacional de paz.

Escalada do conflito e impasse diplomático

O avanço militar russo em Kiev e a rejeição à presença de forças de paz europeias aumentam o risco de uma nova escalada no conflito, que já deixou milhares de mortos e provocou uma crise humanitária sem precedentes na região.

Especialistas em relações internacionais afirmam que a negativa do Kremlin mostra a falta de interesse da Rússia em aceitar qualquer interferência externa, mesmo que sob a justificativa de garantir uma trégua.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nos próximos dias para discutir o agravamento da situação, enquanto líderes europeus pressionam por novas sanções contra Moscou.

A Ucrânia, por sua vez, continua a solicitar apoio militar e humanitário do Ocidente, diante da intensificação dos ataques e da resistência russa em negociar um cessar-fogo.

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