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Reforma ministerial: mudanças ocorrerão em etapas; 1ª fase será no Planalto e antes do Carnaval.

Lula informou a assessores que pretende fazer a reforma de forma fatiada. Saúde, pastas ocupadas por petistas e cargos de alguns partidos aliados estão na mira. Lira pode ser indicado para Agricultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a assessores e ministros que pretende realizar a reforma ministerial de forma gradual. A primeira fase das mudanças ocorrerá antes do Carnaval e será focada no Palácio do Planalto, onde auxiliares diretos do governo podem ser substituídos para acomodar aliados estratégicos.

A decisão de Lula visa reorganizar a equipe e fortalecer a articulação política para garantir governabilidade no Congresso. O foco inicial da reforma está na Casa Civil, Secretaria de Relações Institucionais e outros órgãos ligados diretamente à Presidência. No entanto, mudanças em ministérios comandados pelo PT e em pastas ocupadas por partidos aliados também estão no radar do governo.

Ministério da Saúde e Agricultura no centro das negociações

Entre as alterações mais aguardadas está a possível troca no comando do Ministério da Saúde, atualmente sob liderança de Nísia Trindade. O cargo desperta interesse do centrão, que tem pressionado por maior espaço na Esplanada. No entanto, Lula resiste à ideia de ceder a pasta, que é estratégica para o governo e tem grande orçamento.

Outra mudança que ganha força é a indicação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o Ministério da Agricultura. O movimento é visto como um gesto de aproximação ao centrão, especialmente ao PP, que tem cobrado mais participação no governo. Lira, no entanto, ainda avalia a possibilidade, já que sua saída da Câmara pode alterar o equilíbrio de forças no Legislativo.

Base aliada e os desafios da reforma

A reforma ministerial atende a uma necessidade do governo de melhorar a relação com o Congresso e ampliar o apoio para projetos prioritários. O Planalto tem enfrentado dificuldades para aprovar propostas consideradas essenciais e vê na redistribuição de cargos uma estratégia para consolidar sua base.

Partidos como União Brasil, Republicanos e o próprio PP buscam mais espaço. Algumas dessas legendas já indicaram que podem deixar a base governista caso não sejam contempladas na reforma. O governo, por sua vez, tenta equilibrar as negociações sem desagradar o PT, que teme perder protagonismo na Esplanada.

Próximas etapas e impactos políticos

A primeira fase da reforma deve ser concluída antes do Carnaval, mas novas mudanças podem ocorrer ao longo do primeiro semestre. A expectativa é que Lula aproveite o retorno das atividades legislativas para redefinir ministérios e garantir votos para propostas como a reforma tributária e a nova âncora fiscal.

Nos bastidores, aliados do presidente afirmam que a reforma será feita com cautela para evitar atritos desnecessários. O objetivo do governo é consolidar uma equipe ministerial capaz de garantir estabilidade política e reforçar a governabilidade nos próximos anos.

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