Líderes mundiais criticam proposta de remoção de imigrantes e alertam para violações de direitos humanos.
As principais potências globais rejeitaram a proposta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de expulsar em massa imigrantes irregulares caso retorne à Casa Branca. A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a medida como ilegal, alertando para possíveis violações de tratados internacionais.
O plano de Trump prevê a deportação de milhões de imigrantes nos primeiros meses de um eventual novo governo. Segundo ele, a iniciativa restauraria a segurança na fronteira e reduziria a pressão econômica sobre os cidadãos americanos. Líderes da União Europeia, do Canadá e de países da América Latina reagiram com preocupação.
Críticas internacionais
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a medida teria impactos negativos na economia global e nos direitos humanos. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o Canadá não aceitará imigrantes deportados de maneira indiscriminada.
Na América Latina, México e Guatemala alertaram que um aumento repentino no fluxo de deportados poderia gerar uma crise humanitária. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pediu que os Estados Unidos respeitem acordos bilaterais sobre migração.
ONU classifica medida como ilegal
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, declarou que uma deportação em massa sem análise individualizada dos casos viola tratados internacionais, incluindo a Convenção sobre Refugiados. Ele lembrou que muitos imigrantes fugiram de perseguições políticas e violência.
“A deportação coletiva indiscriminada desrespeita princípios fundamentais do direito internacional e pode expor milhares de pessoas a riscos graves”, afirmou Türk.
Impacto na política interna dos EUA
A proposta de Trump também gerou polêmica dentro dos Estados Unidos. Democratas e grupos de direitos humanos prometeram contestar a legalidade da medida nos tribunais. O atual presidente, Joe Biden, classificou o plano como “desumano” e acusou Trump de tentar explorar o tema da imigração para ganhar apoio eleitoral.
Analistas avaliam que a política migratória será um dos temas centrais das eleições presidenciais americanas de 2024. Pesquisas mostram que o eleitorado republicano apoia medidas mais rígidas na fronteira, mas há resistência entre independentes e democratas moderados.
Cenário global incerto
Especialistas alertam que uma deportação em larga escala poderia gerar instabilidade social em vários países. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) teme que os governos afetados não consigam absorver grandes contingentes de pessoas sem planejamento adequado.
Enquanto a comunidade internacional reage com cautela, Trump mantém o tom desafiador. Durante um comício recente, ele reafirmou que, se eleito, “cada imigrante ilegal será expulso sem exceção”.
A proposta promete continuar gerando debates acalorados, tanto nos EUA quanto no cenário global.
