Operação mira contratos com organizações sociais durante gestão estadual.
A Polícia Federal realizou uma operação para investigar supostos desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiás. O alvo principal é o ex-governador do estado e atual presidente nacional do PSDB, que teve sua residência e outros endereços vasculhados por agentes federais.
As investigações apontam que os desvios teriam ocorrido entre 2012 e 2018, quando o político ocupava o governo estadual. O esquema envolveria contratos milionários com organizações sociais responsáveis pela gestão de hospitais e unidades de saúde.
Esquema de desvios e impacto na saúde pública
De acordo com os investigadores, o modelo de administração hospitalar adotado no período teria facilitado o desvio de verbas por meio de superfaturamento e serviços não executados. Empresas ligadas a aliados políticos e empresários teriam sido beneficiadas com contratos irregulares.
O esquema teria comprometido o funcionamento de unidades de saúde, gerando atrasos em pagamentos, falta de medicamentos e precarização do atendimento à população. A suspeita é de que parte do dinheiro desviado tenha sido utilizado para campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito de envolvidos.
Reação do político e próximos passos da investigação
O ex-governador nega qualquer irregularidade e afirma ser alvo de perseguição política. Em nota, declarou que a ação da Polícia Federal é motivada por interesses de adversários e garantiu que provará sua inocência.
A operação cumpriu diversos mandados de busca e apreensão em Goiás e no Distrito Federal. Documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais foram recolhidos para análise. A Polícia Federal não descarta a possibilidade de novas fases da investigação, que pode levar a indiciamentos e até mesmo pedidos de prisão caso sejam comprovadas as irregularidades.
A Justiça deve avaliar as provas coletadas para determinar os próximos passos do caso. Enquanto isso, o partido do investigado ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio.
