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Pesquisas indicam vantagem de Bolsonaro sobre Lula em cenários eleitorais.

Levantamentos recentes apontam queda na popularidade do atual presidente e possíveis derrotas em 2026.

Pesquisas recentes indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro venceria o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em possíveis cenários eleitorais. Os levantamentos mostram Bolsonaro à frente de Lula tanto no primeiro quanto no segundo turno, refletindo uma insatisfação crescente com o governo petista.

No primeiro turno, Bolsonaro aparece com cerca de 36% das intenções de voto, enquanto Lula registra aproximadamente 34%, configurando um empate técnico dentro da margem de erro. Em um eventual segundo turno, Bolsonaro teria vantagem, com pouco mais de 45% contra cerca de 40% de Lula. No entanto, o ex-presidente segue inelegível até 2030, o que torna esses cenários apenas hipotéticos, a menos que sua situação jurídica seja revertida.

Além de Bolsonaro, pesquisas apontam que Lula também enfrenta dificuldades contra outros possíveis candidatos da direita. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, aparece tecnicamente empatada com o petista, com leve vantagem de cerca de dois pontos percentuais em um segundo turno. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também surge como um nome competitivo, mantendo-se dentro da margem de erro em uma eventual disputa contra Lula.

Queda na popularidade de Lula e impacto eleitoral

A perda de apoio de Lula está refletida nos números de aprovação do governo. Pesquisas recentes indicam que sua popularidade caiu de 35% para 24% nos últimos meses, enquanto a taxa de reprovação aumentou significativamente. Essa queda tem sido atribuída a fatores como o fraco desempenho econômico, a inflação persistente, dificuldades na articulação política e a falta de entregas concretas em áreas estratégicas.

O presidente enfrenta resistência especialmente entre a classe média e o setor produtivo, que esperavam uma recuperação econômica mais rápida. A demora em apresentar políticas eficazes para reduzir o custo de vida e estimular o crescimento tem gerado insatisfação, inclusive entre eleitores que votaram em Lula para evitar a reeleição de Bolsonaro em 2022.

O desgaste do governo também se reflete nas tensões internas dentro do próprio PT e entre aliados do governo. Parlamentares da base reclamam da dificuldade de articulação com o Congresso, enquanto líderes políticos pressionam por mudanças na estratégia do Planalto. Além disso, a relação com o Centrão, fundamental para a governabilidade, segue instável, o que pode comprometer ainda mais a gestão petista.

Oposição tenta se reorganizar para 2026

Enquanto Lula lida com o desgaste político, a oposição ainda enfrenta desafios para consolidar uma candidatura viável para 2026. Bolsonaro segue como principal nome da direita, mas sua inelegibilidade cria incertezas sobre quem poderá liderar o campo conservador.

Tarcísio de Freitas desponta como um dos principais sucessores do bolsonarismo, mas adota um tom mais moderado, buscando construir uma imagem própria sem romper totalmente com Bolsonaro. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, também é citado como uma alternativa, mas ainda tem dificuldade em expandir sua popularidade para além do seu estado.

Michelle Bolsonaro aparece como um nome em ascensão, especialmente entre o eleitorado evangélico e conservador. No entanto, a falta de experiência política pode ser um obstáculo para consolidar sua candidatura. Já figuras como Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, mais alinhadas ao núcleo duro do bolsonarismo, não demonstram força suficiente para liderar uma candidatura nacional.

Cenário para 2026 segue indefinido

Embora as pesquisas indiquem um cenário desfavorável para Lula no momento, a eleição ainda está distante, e muita coisa pode mudar até 2026. O presidente ainda conta com um eleitorado fiel e com a máquina pública a seu favor, o que pode ajudar a reverter a tendência negativa caso consiga apresentar resultados concretos nos próximos anos.

Por outro lado, a direita precisa definir sua estratégia e encontrar um candidato competitivo para enfrentar Lula. A fragmentação da oposição e a incerteza sobre o futuro de Bolsonaro podem dificultar essa construção, dando ao petista mais espaço para recuperar apoio.

Enquanto o cenário eleitoral se desenha, os números das pesquisas mostram que a disputa presidencial de 2026 tende a ser acirrada, com Lula enfrentando dificuldades para manter sua base e a oposição tentando se reorganizar para consolidar um nome forte.

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