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O MODELO DE REMUNERAÇÃO E AS FORMAS DE PAGAMENTO APLICADA À GESTÃO DE CUSTOS.

Sabe-se que os custos são exponenciais, existe inclusive uma máxima entre alguns profissionais, “custo, é igual unha, por mais que você corte, ele sempre cresce” e da mesma forma sabe-se que os recursos vão na contramão disso, custos são infinitos e recursos finitos, daí a necessidade urgente de repensarmos as formas de pagamento e os modelos remuneratórios, muitas operadoras estão praticando o modelo de capitação, neste modelo, os prestadores de serviços de saúde recebem um pagamento fixo por paciente, independentemente do número de serviços prestados. Isso pode incentivar a prevenção e a gestão eficiente da saúde, mas a maioria esmagadora das operadoras e hospitais públicos ainda utiliza o pagamento por Serviço (Fee-for-Service): Os profissionais de saúde são pagos por cada serviço ou procedimento realizado. Esse modelo pode incentivar a realização de mais procedimentos, mas também pode levar a um aumento desnecessário de custos. Modelo que dificulta ainda mais a gestão eficiente dos custos, por mais que algumas operadoras utilizem pagamentos por pacote ainda sim os custos continuam exponenciais.

Conforme apontam os dados recentes do Observatório da Anahp (4ª Edição – dezembro 2024).
O valor médio por internação aumentou 30% entre 2019 e 2023, passando de R$ 10.231,54 para R$ 13.286,18. E nota-se que esse aumento se deu não pela frequência e sim por uma postura mais agressiva por parte dos prestadores, na busca de aumentarem sua lucratividade e consequentemente seu ticket médio, isso porque os modelos remuneratórios utilizados pela maioria dos prestadores se mostram cada vez mais ineficiente e incapazes de acompanhar os custos.

Precisa-se equacionar corretamente essa gestão, haja vista os investimentos em saúde apresentarem expressivo recuo na última década e os custos cada vez mais exponenciais, seja pela baixa produção/faturamento ou pelos grandes desperdícios gerados no setor “Estima-se que o custo das ineficiências da saúde brasileira alcance cerca de US$ 18 bilhões a cada ano” (Lottembeg et al, 2019). É preciso nos reinventarmos como gestores em saúde e também como usuários do sistema.

Pedro Henrique Pimenta

Administrador, especialista financeiro, controladoria e finanças e perspectivas econômicas, Lean Seis Sigma Yellow Belt. Ampla experiência na área hospitalar e rotinas do terceiro setor, vivência em  negociação de métricas e  contratos de gestão.

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