A dor lombar, conhecida como lombalgia, é um problema de saúde pública que atinge todas as idades e lidera como principal causa de incapacidade no mundo. Em 2020, essa condição foi a maior responsável por anos vividos com incapacidade em 126 dos 195 países avaliados. A hérnia de disco, um dos problemas mais comuns associados à lombalgia, ocorre geralmente por desgaste natural ou traumas. Essa condição pode comprimir nervos ou a medula espinhal, causando dores intensas, principalmente na região lombar e, em menor escala, na cervical. Afeta entre 5 e 20 pessoas por mil adultos anualmente, com maior prevalência em homens de 30 a 50 anos.
Nos últimos anos, foram gastos aproximadamente 12,8 bilhões de dólares com cirurgias na coluna lombar, revelando que muitos pacientes ainda seguem tratamentos inadequados ou desatualizados. Diretrizes médicas indicam que o manejo da dor deve priorizar educação, aconselhamento, retorno à rotina, prática de atividades físicas e evitar repouso prolongado. No entanto, o tratamento da lombalgia enfrenta desafios devido à variação dos sintomas, causas e impactos na vida dos pacientes. Em muitos casos, a dor não possui uma causa específica, o que dificulta o diagnóstico e o manejo.
Além das limitações físicas, a dor lombar afeta profundamente a saúde mental, provocando ansiedade, depressão e dificuldades nos relacionamentos sociais e na produtividade. A prevenção desempenha um papel central no combate à condição. Práticas regulares de fortalecimento muscular e alongamento podem reduzir significativamente o risco de desenvolver lombalgia, ressaltando a importância de um estilo de vida ativo e saudável. O combate à dor lombar requer uma abordagem integrada que combine prevenção, manejo eficaz e conscientização global sobre os impactos dessa condição.
Fisioterapeuta Lise Alves