“Ao descrever sobre a questão da motivação dos profissionais e as suas influências no ambiente de trabalho Luiz (2019), afirma que Frederick Herzberg foi um dos pioneiros que durante a década de 50 elaborou a “teoria dos dois fatores”, por meio de uma pesquisa realizada com a participação de contadores e engenheiros. Nessa pesquisa Herzberg instou que essas pessoas ponderassem em que ocasião de suas vidas, sentiam-se bem no que dizia respeito aos seus afazeres e posteriormente solicitou o oposto, ou seja, que falassem em que período se notavam mal. Desta maneira, revelou que alguns fatores de trabalho possuem a capacidade de insatisfazer os trabalhadores quando certas condições encontram-se distantes LUIZ,2019).
As condições de trabalho a que se submete o profissional interferem negativa ou positivamente, de acordo com a forma como são colocadas ou decifradas às afinidades entre as pessoas no meio empresarial, bem como dos artifícios de gestão adotadas e, inclusive de fatores econômicos. E como indicadores desse processo, o desempenho, os conflitos, entre outros fatores permitem compreender aquilo que os funcionários sentem (SILVA e DIAS, 2018).
Seguindo essa visão, Abraham Maslow propõe que há uma hierarquia de necessidades humanas que precisam ser atendidas primeiras em relação ás que ocupam o nível mais alto. As necessidades fisiológicas encontram-se na base da pirâmide elaborada pelos autores, segundo eles são as necessidades fundamentais para sobreviver. Em segundo lugar encontram-se as necessidades de segurança, seguidas pelos imperativos igualitários, de apreço e de autorrealização (LUIZ, et al, 2019).
De acordo com Fava (2002), a teoria de Maslow está dividida em cinco níveis armados na forma de uma pirâmide e sugere os fatores de satisfação do ser humano. Em sua base estão as necessidades fisiológicas, consideradas de baixo nível, e no alto, as necessidades sociais de autorrealização, de maior nível.
Para implementar avanços nessa discussão acerca das necessidades, Clayton Alderfer, posterior a Maslow, estabelece a escala dos três níveis no qual coloca em primeiro lugar os fatores fisiológicos e segurança, em segundo nível as necessidades de se relacionar no espaço de trabalho e em terceiro nível, as questões equivalentes à autoestima e autorrealização (LUIZ, et al,2019).
De acordo como o ponto de vista de Lima (2012), no panorama atual das organizações, as relações interpessoais estão mais estimadas, pois estas lançam um olhar diferenciado para as relações humanas, o que se pode perceber que a vantagem competitiva existe nas instituições em consequências do bem-estar do ambiente de trabalho. Dessa forma, estimular a boa relação entre os elementos da equipe torna-se essencial para a empresa ou instituição que deseja que seus colaboradores se sintam satisfeitos no que se refere a uma das necessidades básicas para a motivação. Desta forma, pode se dizer que existem por trás das reclamações feitas em torno do salário, inúmeros outros fatores que podem indicar a causa do desconforto ou mesmo da satisfação ou descontentamento do empregado em um dado lugar.
Dentro desta questão, no que se refere ao relacionamento interpessoal, outro fator que se torna essencial é a comunicação. A respeito disso, Chiavenato (2003), diz que a comunicação é a troca de informações entre indivíduos e para tanto, a mesma se constitui como um processo fundamental na convivência humana bem como da organização social. Assim, para este autor, relacionamento interpessoal é um fator extremamente importante dentro do sistema de administração participativo, onde há a participação das pessoas em uma equipe. Logo, para que haja um bom relacionamento entre as pessoas dentro do recinto de trabalho, seja entre funcionários, ou entre chefes e funcionários, a comunicação, portanto torna-se viés para a motivação profissional, pois, é a partir dela que se esclarece aquilo que deve ou não se realizar dentro do ambiente organizacional.”
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVA, João Paulo Vieira da Silva. CLIMA ORGANIZACIONAL: Estudo de Caso na Coordenadoria Regional de Educação da Cidade de Goiás-GO. Artigo Científico, pág. 7 a 8 – 2020.