Medida segue proposta de Trump e gera reações internacionais.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao Exército que elabore um plano para permitir a saída voluntária de palestinos da Faixa de Gaza. A decisão foi tomada após o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sugerir que a população do enclave deveria ser realocada e que a região poderia ser transformada em um destino turístico.
A proposta de Trump recebeu apoio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que a classificou como “extraordinária”. Katz, por sua vez, afirmou que países críticos às ações militares de Israel, como Espanha, Irlanda e Noruega, deveriam acolher os palestinos que optarem por deixar Gaza. O plano incluirá opções de saída por terra, mar e ar, facilitando a migração para outras nações.
Reações e desafios
A iniciativa gerou forte oposição internacional. Países como Alemanha, Rússia, China e Arábia Saudita condenaram a proposta, alegando que a remoção da população violaria o direito internacional. A ONU alertou que a transferência forçada de civis pode ser considerada crime de guerra e destacou que os palestinos de Gaza têm o direito de permanecer em suas terras.
Organizações humanitárias também expressaram preocupação com a medida. Grupos de direitos humanos argumentam que, mesmo sendo apresentada como “voluntária”, a saída pode ser motivada pelo colapso das condições de vida no território, que sofre com bloqueios, bombardeios e escassez de recursos básicos.
Impacto e próximos passos
O governo israelense ainda não detalhou como o plano será implementado nem quais países estariam dispostos a receber os palestinos. Há dúvidas sobre a viabilidade da proposta, especialmente diante da resistência da comunidade internacional e da falta de consenso entre as nações árabes.
Enquanto isso, a situação em Gaza continua crítica, com milhares de deslocados internos e infraestrutura devastada pelos ataques israelenses. A incerteza sobre o futuro da região aumenta a tensão entre Israel e os grupos palestinos, que veem a proposta como uma tentativa de esvaziar Gaza e enfraquecer a causa palestina.
