Anúncio reforça compromisso com equilíbrio fiscal, mas levanta debates sobre impactos nos serviços públicos.
O governo federal planeja novos cortes orçamentários para assegurar o cumprimento das metas previstas no arcabouço fiscal, conforme declarou Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda e número dois do ministro Fernando Haddad. A medida reflete o esforço para manter o equilíbrio das contas públicas diante de desafios econômicos e limitações de arrecadação.
O arcabouço fiscal, criado para substituir o teto de gastos, estabelece regras mais flexíveis para os limites de despesas, desde que a trajetória de dívida pública permaneça sustentável. No entanto, com a arrecadação abaixo das expectativas, o governo precisa ajustar despesas para cumprir as exigências.
Segundo Galípolo, a proposta de cortes será apresentada nas próximas semanas. Embora ele não tenha detalhado quais áreas serão afetadas, especialistas indicam que setores como infraestrutura e programas sociais podem sofrer impactos. A decisão gera apreensão em estados e municípios, que dependem de repasses federais para equilibrar suas contas.
A equipe econômica reforça que a medida é necessária para reconquistar a confiança do mercado e atrair investimentos. Apesar disso, analistas alertam para os efeitos negativos sobre o crescimento econômico e a qualidade dos serviços públicos.
O debate sobre os cortes promete dominar a agenda política nas próximas semanas, com pressão de diversos setores por mais transparência e diálogo antes da definição final.