Alta acumulada nos preços de locação pressiona estratégias de gestão e acessibilidade no setor.
Os preços do aluguel residencial no Brasil subiram 32,4% acima da inflação acumulada nos últimos três anos, de acordo com dados do Índice FipeZap divulgados nesta segunda-feira (15). O aumento reflete uma recuperação acelerada no setor, mas também levanta preocupações sobre a gestão da acessibilidade e sustentabilidade no mercado imobiliário.
A disparidade entre a valorização dos aluguéis e a inflação oficial (medida pelo IPCA) evidencia um movimento de pressão sobre locatários, especialmente em grandes centros urbanos. Segundo especialistas, o fenômeno é impulsionado por fatores como a alta demanda por imóveis em áreas estratégicas e o desequilíbrio entre oferta e procura.
Gestores do setor imobiliário têm enfrentado desafios para equilibrar rentabilidade e inclusão. “A análise de dados de mercado e a implementação de políticas que incentivem maior oferta de imóveis são passos cruciais para evitar um impacto negativo no consumo e na economia local”, comentou um analista da FipeZap.
Além disso, a alta nos aluguéis destaca a necessidade de práticas de gestão que alinhem os interesses de proprietários, inquilinos e incorporadoras. Incentivos fiscais e novos modelos de financiamento também são apontados como caminhos para mitigar o problema.