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Galípolo pode dar boa notícia a Lula ainda em 2025.

Economistas discutem possível corte de juros após dados do PIB e da inflação.

A política monetária do Banco Central pode trazer um rompimento para o governo ainda em 2025. Com a economia crescendo acima do esperado e a inflação sob controle, os economistas já discutem a possibilidade de um novo corte na taxa básica de juros (Selic). O vice-presidente do BC, Gabriel Galípolo, visto como um dos favoritos para suceder Roberto Campos Neto na presidência da instituição, pode ser o responsável por essa decisão caso assuma o comando da autoridade monetária.

Os últimos dados do Produto Interno Bruto (PIB) mostraram um desempenho positivo, reforçando a ideia de que a economia segue resiliente. Ao mesmo tempo, a inflação tem se mantido dentro das metas estabelecidas, criando espaço para uma redução mais rápida dos juros, atualmente em 10,75% ao ano.

A Selic pode cair mais?

Especialistas estão divididos sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom). Alguns defendem uma postura mais cautelosa, citando incertezas externas e o impacto fiscal das medidas do governo. Outros argumentam que a combinação de crescimento econômico e inflação sob controle permite acelerar os cortes.

“Se os próximos meses confirmarem essa tendência, o BC poderá reduzir ainda mais a Selic, favorecendo os investimentos e o consumo”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Por outro lado, os analistas alertam para riscos como a volatilidade do câmbio e a política de juros nos Estados Unidos, que pode limitar o espaço para cortes agressivos.

Impacto político e sucessão no BC

A condução da política monetária tem sido um dos principais pontos de atrito entre o governo e o Banco Central. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já criticou publicamente a manutenção de juros elevados e defende uma queda mais acelerada para juros o crescimento.

Com o fim do mandato de Campos Neto previsto para dezembro, cresce a expectativa sobre quem será o próximo presidente do BC. Galípolo, que já atua na instituição e tem boa relação com o governo, surge como um nome forte. Caso assuma a carga, ele poderá conduzir a política monetária em sintonia com as expectativas do Planalto.

A decisão do Copom nas próximas reuniões será crucial para definir o rumo da economia e o cenário político de 2025. Se houver uma nova queda nos juros, o governo poderá colher os frutos da recuperação econômica, fortalecendo sua posição antes das eleições municipais.

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