Obesidade sobrecarrega articulações, aumenta inflamações e dificulta o movimento. Perder peso reduz riscos e melhora a qualidade de vida.
O excesso de peso, incluindo a obesidade, está diretamente relacionado ao aumento de dores e problemas articulares. Estudos biomecânicos mostram que as articulações, como os joelhos, suportam uma carga até seis vezes maior que o peso corporal durante atividades cotidianas, como caminhar. Esse estresse mecânico excessivo causa danos que, ao longo do tempo, podem levar a condições como a osteoartrite, uma doença degenerativa que afeta principalmente joelhos, quadris e coluna.
Além do peso físico, a obesidade desencadeia processos inflamatórios no organismo,agravando o desgaste articular. O tecido adiposo em excesso libera citocinas inflamatórias, intensificando a dor e dificultando a recuperação das articulações já comprometidas. Esse ciclo é ainda mais agravado pela dificuldade de realizar exercícios físicos, fundamentais para o controle do peso e fortalecimento muscular.
A obesidade também está associada a limitações funcionais e maior risco de quedas, especialmente em idosos. A redução da força muscular, o comprometimento do equilíbrio e a sobrecarga articular são fatores que elevam a vulnerabilidade dessa população. Pesquisas mostram que a combinação de dieta equilibrada e programas de exercícios, como o fortalecimento muscular e atividades aeróbicas, pode reduzir a dor, melhorar a mobilidade e prevenir doenças articulares.
Além das articulações, o excesso de peso afeta diretamente a saúde do arco plantar, sobrecarregando os pés e alterando o alinhamento postural. Isso agrava problemas musculoesqueléticos e contribui para condições como a dor lombar, que já aumentou significativamente em prevalência nas últimas décadas.
Por fim, a conscientização sobre os impactos do peso corporal na saúde articulares é essencial para prevenir complicações futuras. Adotar hábitos saudáveis, como controle do peso e práticas regulares de atividade física, é a melhor forma de garantir qualidade de vida e funcionalidade das articulações, especialmente em uma população cada vez mais envelhecida.
Lise Alves – Fisioterapeuta.
