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EUA iniciam remoção de soldados transgêneros após decreto de Trump.

Medida reverte política anterior e gera controvérsia nas Forças Armadas.

O governo dos Estados Unidos iniciou a remoção de militares transgêneros das Forças Armadas, em cumprimento a um decreto assinado pelo então presidente Donald Trump. A medida revogou a política adotada na gestão de Barack Obama, que permitia que pessoas trans servissem abertamente no Exército, Marinha, Aeronáutica e Corpo de Fuzileiros Navais.

A decisão, anunciada em 2017 e implementada a partir de abril de 2019, determinava que novos recrutas transgêneros só poderiam ingressar caso não tivessem passado por transição de gênero. Já os militares que já serviam tiveram seus casos analisados individualmente, resultando na dispensa de parte deles.

Argumentos a favor e contra

A administração Trump justificou a medida alegando que a presença de pessoas trans nas Forças Armadas poderia comprometer a prontidão militar e aumentar custos com tratamentos médicos. O então presidente argumentou que o Exército não deveria ser “um laboratório para experimentos sociais”.

Por outro lado, grupos de direitos humanos e associações de veteranos criticaram a decisão, classificando-a como discriminatória. Pesquisas realizadas por especialistas em defesa indicaram que o impacto financeiro dos tratamentos médicos para militares trans seria mínimo em comparação ao orçamento total do Departamento de Defesa.

Impacto sobre militares transgêneros

Estima-se que milhares de pessoas transgêneros serviam nas Forças Armadas dos EUA antes da proibição. Muitos desses soldados relataram incertezas sobre seu futuro profissional e dificuldades psicológicas decorrentes da medida.

Alguns militares entraram na Justiça para contestar a decisão, argumentando que foram dispensados sem justificativa baseada em desempenho ou conduta. Além disso, veteranos transgêneros afirmam que a política reforçou estigmas e prejudicou a inclusão nas forças militares.

Reversão sob Biden

Em janeiro de 2021, poucos dias após assumir a presidência, Joe Biden revogou o decreto de Trump, permitindo novamente que pessoas transgêneros servissem abertamente. A nova diretriz determinou que os militares removidos injustamente poderiam ser reintegrados, e que tratamentos médicos relacionados à transição de gênero fossem cobertos pelo sistema de saúde militar.

A medida foi celebrada por grupos LGBTQIA+ e por líderes militares que apoiavam a inclusão. O Departamento de Defesa reforçou que a diversidade nas Forças Armadas fortalece a capacidade operacional e a coesão entre os soldados.

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