Medida poderia impactar milhões em exportações e abalar relações comerciais entre os países.
Os Estados Unidos ameaçaram impor uma tarifa emergencial de 25% sobre todos os produtos importados da Colômbia, além de considerar outras sanções econômicas. A medida, caso concretizada, pode afetar significativamente o comércio bilateral e trazer consequências para setores-chave da economia colombiana, como agricultura, têxtil e mineração.
A ameaça ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Washington e Bogotá, com os EUA expressando preocupação com políticas comerciais e industriais do governo colombiano. Fontes próximas à administração norte-americana indicam que a medida estaria sendo considerada como forma de pressionar a Colômbia a rever certas políticas que, segundo os EUA, prejudicam empresas americanas e distorcem o mercado.
Impacto econômico e reação colombiana
A Colômbia exportou cerca de US$ 13 bilhões em bens para os EUA em 2023, sendo um de seus principais parceiros comerciais. Produtos como café, flores, carvão e têxteis poderiam sofrer impactos severos com a imposição da tarifa.
O governo colombiano reagiu com preocupação, afirmando que qualquer sanção desse tipo prejudicaria tanto empresas colombianas quanto consumidores e empresas americanas que dependem de insumos do país sul-americano. “Estamos dispostos a dialogar para evitar medidas prejudiciais para ambos os lados”, declarou um porta-voz do governo.
Contexto das sanções
A possível sanção surge em um momento de revisão de políticas comerciais dos EUA com diversos parceiros. O governo americano tem adotado uma postura mais protecionista, visando fortalecer sua indústria doméstica e reduzir dependências externas.
Além da tarifa emergencial, outras medidas restritivas, como barreiras regulatórias e a revisão de acordos de cooperação, também estariam sendo avaliadas. Analistas apontam que essa postura pode impactar negativamente o ambiente de negócios e gerar instabilidade no mercado.
Próximos passos
O governo colombiano deve intensificar negociações com Washington para evitar a aplicação da tarifa e buscar uma solução diplomática. Enquanto isso, empresas exportadoras seguem apreensivas com a possibilidade de sofrer perdas financeiras significativas.
Ainda não há um prazo definido para a decisão final dos EUA, mas especialistas alertam que, caso a tarifa seja implementada, poderá desencadear retaliações comerciais e enfraquecer ainda mais as relações entre os dois países.