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Dívidas de empresas em recuperação extrajudicial sobem 320% no Brasil.

Aumento reflete impactos econômicos e desafios de gestão financeira das companhias em dificuldade.

O volume de dívidas de empresas em recuperação extrajudicial no Brasil cresceu 320% em 2024, segundo levantamento de consultorias especializadas. O aumento expressivo evidencia os desafios econômicos enfrentados pelas companhias, como juros elevados, inflação persistente e dificuldade de acesso a crédito.

A recuperação extrajudicial, alternativa mais ágil à recuperação judicial, permite que as empresas negociem com seus credores fora do Judiciário, reduzindo custos e prazos. No entanto, o aumento no valor das dívidas renegociadas demonstra que muitas empresas chegam a esse ponto em situação financeira crítica, comprometendo a eficácia das negociações.

Especialistas apontam que setores como varejo, construção civil e transporte foram os mais impactados, devido à queda no consumo, aumento nos custos de insumos e perda de receita. Além disso, os altos índices de inadimplência refletem a dificuldade de reorganizar as operações em um ambiente econômico adverso.

Gestores têm sido pressionados a implementar ajustes profundos para evitar a falência. Isso inclui renegociação de contratos, venda de ativos não essenciais e revisão completa do modelo de negócios. Ainda assim, muitos encontram obstáculos na obtenção de acordos favoráveis com credores, especialmente bancos, que têm adotado critérios mais rigorosos para renegociações.

A situação também reacende o debate sobre a eficácia do modelo de recuperação extrajudicial no Brasil e a necessidade de políticas públicas que facilitem a reestruturação de empresas em crise, garantindo sua continuidade e preservação de empregos.

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