Entre os que questionaram o resultado estão o presidente dos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Canadá e diversos líderes da União Europeia, que expressaram preocupações quanto à transparência e integridade das eleições.
Por outro lado, a vitória de Maduro foi reconhecida por alguns países e líderes, como a Rússia, a China e o Irã, que expressaram apoio ao governo venezuelano e validaram o resultado das eleições.
As recentes eleições na Venezuela, realizadas no domingo (28), revelaram uma discrepância significativa nos resultados. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou que o presidente Nicolás Maduro venceu com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas. No entanto, a oposição, liderada por Edmundo González, alegou ter obtido 70% dos votos, desafiando a contagem oficial.
A disputa pelos resultados atraiu a atenção internacional, gerando reações variadas. Enquanto a Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua reconheceram e parabenizaram Maduro pela vitória, diversos países e líderes contestaram a validade dos números oficiais. Entre os críticos estão:
– Estados Unidos: O secretário de Estado, Antony Blinken, expressou “sérias preocupações” sobre a precisão dos resultados.
– União Europeia: O vice-presidente Josep Borrell Fontelles pediu “transparência total” na apuração dos votos.
– Chile: O presidente Gabriel Boric declarou que é “difícil de acreditar” nos resultados e que o Chile não reconhecerá resultados não verificáveis.
– Peru: O ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaecha, condenou o que considerou uma violação da vontade popular e possíveis irregularidades.
– Argentina: O presidente Javier Milei afirmou que não reconhecerá uma “fraude” e criticou a situação política na Venezuela.
– Espanha: O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, exigiu a apresentação das atas eleitorais para garantir a legitimidade dos resultados.
– Itália: O vice-primeiro-ministro Antonio Tajani também expressou dúvidas sobre a legitimidade da eleição.
– Colômbia: O ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo, questionou a validade da contagem.
Em resposta às críticas, Maduro defendeu sua vitória, chamando seus detratores de “bicho covarde” e “fascista”. O CNE, presidido por um aliado de Maduro, justificou o atraso na divulgação dos resultados devido a uma “agressão ao sistema de transmissão de dados”.
Por outro lado, líderes de países aliados de Maduro, como Vladimir Putin da Rússia, o Ministério das Relações Exteriores da China, a presidente Xiomara Castro de Honduras, o presidente Miguel Díaz-Canel de Cuba, o presidente Luis Arce da Bolívia e o presidente Daniel Ortega da Nicarágua, parabenizaram Maduro por sua reeleição e prometeram fortalecer as relações com a Venezuela.
O anúncio dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foi feito após um longo período de indefinição. Em contraste com as eleições de 2018, quando os resultados foram divulgados no mesmo dia, desta vez a apuração foi marcada por uma série de queixas da oposição sobre possíveis irregularidades no processo. A oposição, alegando falta de transparência, convocou seus apoiadores para realizar uma vigília nos locais de votação e implementar uma contagem paralela dos votos, visando garantir a integridade do processo eleitoral.
Em resposta, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou “sérias preocupações” de que os resultados divulgados não reflitam a verdadeira vontade ou os votos do povo venezuelano.