Impasse fiscal: atraso na tramitação no Congresso levanta dúvidas sobre o reajuste do salário mínimo para 2025.
O atraso na tramitação do pacote fiscal no Congresso Nacional ameaça a definição do reajuste do salário mínimo para 2025. Com o prazo para aprovação do orçamento se aproximando, especialistas alertam para possíveis dificuldades em implementar aumentos alinhados ao crescimento econômico.
O governo federal condiciona a política de valorização do mínimo à aprovação das medidas fiscais, que incluem mudanças tributárias e contenção de despesas. Sem a aprovação, técnicos argumentam que o espaço fiscal ficará limitado, dificultando o cumprimento de compromissos assumidos durante a campanha.
Parlamentares de oposição criticam o governo pela demora, afirmando que o impasse prejudica os trabalhadores. “Esse atraso gera insegurança, principalmente para quem depende do mínimo como base de renda”, declarou um líder da oposição.
Já a base governista defende que o pacote é essencial para assegurar o equilíbrio das contas públicas. “Sem ajustes, qualquer aumento será insustentável no médio prazo”, argumentou o líder do governo na Câmara.
O salário mínimo é atualmente calculado com base na inflação e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A proposta de mudança busca ampliar o poder de compra, mas depende de recursos adicionais, que ainda estão em debate.
Com o prazo para o envio do projeto ao Congresso expirando no início do próximo ano, a definição se tornou prioridade na agenda econômica. Caso o pacote não avance, o reajuste poderá ser limitado à correção inflacionária, frustrando expectativas.
Analistas políticos apontam que a questão do mínimo se tornou um termômetro para a popularidade do governo. “O sucesso na aprovação do pacote pode influenciar diretamente a percepção da gestão econômica”, afirma um economista.
A votação das medidas fiscais está prevista para os próximos dias, mas o cenário de incerteza persiste.