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Americanas inicia arbitragem contra ex-diretores por fraude contábil.

Empresa busca responsabilização de antigos executivos e recuperação de prejuízos bilionários.

A Americanas S.A. deu mais um passo na tentativa de responsabilizar os ex-executivos pelo rombo contábil de R$ 25,3 bilhões descoberto em 2023. A varejista iniciou um processo de arbitragem contra Miguel Gutierrez, ex-CEO, e os ex-diretores Anna Saicali, Thimoteo Barros e Marcio Cruz. A empresa busca a condenação dos envolvidos por gestão fraudulenta e a recuperação de parte dos prejuízos sofridos.

O que está em jogo?

A arbitragem ocorre em um tribunal privado, conforme previsto nos contratos dos executivos. Esse tipo de processo é comum em disputas corporativas e pode resultar em punições financeiras e indenizações à companhia. Segundo fontes próximas ao caso, a Americanas pretende provar que os ex-diretores tinham conhecimento e participação ativa nas práticas contábeis irregulares que levaram à crise da empresa.

A investigação revelou que a fraude ocorreu ao longo de anos, com a ocultação de dívidas e a manipulação de balanços para inflar artificialmente os lucros. A descoberta do rombo levou a Americanas a um pedido de recuperação judicial, que ainda está em andamento.

Impacto na governança corporativa

A ação da Americanas sinaliza um esforço para reforçar sua governança e recuperar a confiança de investidores, credores e do mercado. Desde a revelação da fraude, a companhia tem adotado medidas para fortalecer seus mecanismos de controle interno e evitar novos escândalos financeiros.

Especialistas apontam que o caso evidencia a necessidade de maior transparência e rigor nos processos contábeis de grandes empresas. A cobrança por responsabilidade executiva também pode servir de alerta para outras companhias, destacando a importância de sistemas de compliance robustos.

Próximos passos

A arbitragem pode levar meses ou até anos para ser concluída. Paralelamente, a Americanas segue com seu plano de reestruturação, que inclui negociações com credores e ajustes operacionais para garantir sua sobrevivência no mercado.

O resultado desse processo pode influenciar diretamente o futuro da empresa e a maneira como o mercado avalia a responsabilidade de executivos em escândalos corporativos.

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