A profissão de administrador, como conhecemos hoje, tem raízes que remontam à própria história da organização das sociedades humanas. Desde as primeiras civilizações, como os egípcios e os sumérios, a administração já era uma necessidade. Nas grandes obras faraônicas, como as pirâmides, a gestão de recursos, pessoas e tempo era essencial. Essa prática rudimentar de organização e controle, embora sem o nome ou os métodos sistemáticos que temos atualmente, plantou as bases do que viria a ser a ciência da administração.
Foi no século XX, porém, que a profissão ganhou contornos formais, especialmente com as contribuições de teóricos como Frederick Winslow Taylor e Henri Fayol. Taylor, com sua Teoria da Administração Científica, trouxe uma visão de eficiência e padronização de processos, enquanto Fayol propôs princípios como planejamento, organização, comando, coordenação e controle, que ainda hoje fundamentam a administração moderna. Essas ideias surgiram durante a Revolução Industrial, período em que as empresas passaram a enfrentar desafios cada vez mais complexos na gestão de grandes equipes e maquinários.
No Brasil, a profissão começou a ser regulamentada em 1965, com a criação da Lei nº 4.769. Desde então, a figura do administrador passou a ser essencial nas empresas, especialmente com o crescimento econômico vivido no período pós-guerra. Surgiram os primeiros cursos superiores na área, como o de Administração de Empresas, que se tornaram cada vez mais populares diante da necessidade de profissionais capacitados para lidar com os desafios do mercado globalizado.
Hoje, o administrador é muito mais do que um gestor de recursos; ele é um estrategista. A tecnologia transformou profundamente o papel desses profissionais, que agora lidam com inteligência artificial, big data e uma economia global em constante mutação. Além disso, as novas tendências de sustentabilidade e responsabilidade social exigem uma visão ampla e integrada, que vai além do lucro e considera impactos ambientais e sociais.
Outro ponto relevante é a multiplicidade de áreas em que os administradores podem atuar. De finanças a recursos humanos, passando por marketing, logística e gestão pública, o campo é vasto e cheio de possibilidades. Essa versatilidade faz com que o curso de Administração continue sendo um dos mais procurados no Brasil, atraindo jovens em busca de uma carreira promissora.
Apesar dos avanços, desafios permanecem. Um dos grandes debates na profissão é a necessidade de constante atualização. O mercado muda rapidamente, e a formação tradicional nem sempre acompanha o ritmo. Por isso, cursos de especialização, MBAs e o aprendizado contínuo são quase obrigatórios para quem deseja se destacar na área.
A profissão de administrador tem, portanto, uma história rica e uma importância crescente no mundo contemporâneo. Com uma base sólida no passado e um futuro cheio de transformações e oportunidades, ela segue como uma das áreas mais dinâmicas e indispensáveis para o funcionamento da sociedade moderna.
O que esperar do futuro da administração
O futuro da profissão de administrador está diretamente ligado às mudanças tecnológicas e sociais do nosso tempo. Com o avanço da digitalização, espera-se que o administrador do futuro seja ainda mais conectado à tecnologia. Ferramentas como inteligência artificial e machine learning não serão apenas diferenciais, mas requisitos básicos para quem deseja liderar equipes e projetos em empresas de qualquer porte.
A sustentabilidade também será uma questão central. Empresas precisam cada vez mais se alinhar às demandas da sociedade por práticas responsáveis. O administrador terá o papel de integrar valores éticos e ambientais nas estratégias corporativas, transformando negócios em agentes de impacto positivo. Essa mudança de mentalidade requer uma abordagem criativa e inovadora, capaz de equilibrar objetivos financeiros com impactos sociais e ambientais.
Além disso, a globalização está tornando o mercado ainda mais competitivo. Administradores terão que pensar de forma global, mas agir localmente, adaptando-se a diferentes culturas, legislações e demandas regionais. A fluência em idiomas e o domínio de soft skills, como empatia e liderança, serão diferenciais importantes.
O trabalho remoto, que ganhou força durante a pandemia de Covid-19, deve continuar a transformar a maneira como as empresas operam. O administrador precisará dominar ferramentas de gestão à distância e ser capaz de manter equipes engajadas, mesmo sem o contato físico diário.
Outra tendência é o crescimento das startups e das metodologias ágeis. Administradores terão que ser mais flexíveis e abertos a mudanças rápidas, liderando projetos que demandam criatividade e adaptabilidade em um ambiente dinâmico.
Por fim, o empreendedorismo está em alta, e muitos profissionais de administração têm optado por abrir seus próprios negócios. Essa é uma oportunidade para aplicar conhecimentos de forma prática e inovadora, criando soluções que atendam às necessidades de mercados ainda pouco explorados.
Com tantas transformações em curso, o administrador do futuro será mais do que um técnico em gestão: será um líder visionário, capaz de navegar em um mundo cada vez mais complexo e interconectado.
Uma perspectiva histórica e futura
A profissão de administrador tem suas raízes na antiguidade, quando civilizações como Egito e Mesopotâmia já demonstravam a necessidade de organizar recursos e pessoas para grandes empreendimentos. No entanto, foi durante a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, que a administração começou a se consolidar como disciplina. A complexidade crescente das organizações industriais exigiu métodos mais eficientes de gestão, levando ao desenvolvimento de teorias administrativas por pioneiros como Frederick Taylor e Henri Fayol.
No Brasil, a regulamentação da profissão ocorreu em 1965, com a Lei nº 4.769, que estabeleceu as bases para o exercício profissional do administrador. Desde então, a área tem evoluído, incorporando novas práticas e tecnologias para atender às demandas de um mercado em constante transformação.
Perspectivas para a administração
O futuro da administração está intrinsecamente ligado às inovações tecnológicas e às mudanças sociais. A digitalização dos processos, a inteligência artificial e a big data estão redefinindo a forma como as empresas operam. Nesse contexto, o administrador precisa estar preparado para lidar com ferramentas avançadas e interpretar grandes volumes de dados para tomar decisões estratégicas.
Além disso, questões como sustentabilidade e responsabilidade social corporativa ganham destaque. As empresas são cada vez mais cobradas por práticas éticas e sustentáveis, e o administrador desempenha um papel crucial na integração desses valores às estratégias organizacionais.
Contribuições do administrador
O administrador Fabrício Ribeiro, doutor em administração e pesquisador, destaca a importância da adaptabilidade na profissão. Segundo ele, “a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças tecnológicas e às novas demandas do mercado é essencial para o sucesso do administrador moderno”. Ribeiro, que atua como conselheiro no Conselho Regional de Administração de Goiás (CRA-GO), enfatiza ainda a relevância da formação contínua: “O aprendizado não termina com a graduação; é fundamental que os profissionais busquem constantemente novas competências para se manterem relevantes no mercado”.
Com uma carreira dedicada à pesquisa e à prática administrativa, Fabrício Ribeiro tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da profissão no Brasil. Sua atuação no CRA-GO reforça o compromisso com a excelência e a ética na administração, servindo de exemplo para novos profissionais que ingressam na área.