Evento com baixa adesão de chefes de Estado expõe desafios na gestão de alianças internacionais do governo venezuelano.
A posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, marcada para esta sexta-feira (10), deve ser marcada por um cenário esvaziado, com a presença de poucos líderes internacionais. A baixa adesão evidencia o isolamento político enfrentado pela Venezuela na região, refletindo desafios de gestão diplomática e relações exteriores do governo de Maduro.
O Brasil, que vem tentando equilibrar interesses geopolíticos e econômicos com os vizinhos sul-americanos, pode ser representado pela embaixadora brasileira na Venezuela, Gabriela Soares, mas a decisão final depende do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Analistas apontam que a gestão estratégica das relações internacionais será crucial para o governo venezuelano nos próximos anos. “Maduro precisa construir pontes políticas e comerciais para superar o isolamento, mas enfrenta resistência de diversos países, especialmente os que questionam a legitimidade de seu governo”, afirmou o cientista político Marco Tavares, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A cerimônia deve contar com a presença de representantes de países aliados, como Cuba e Nicarágua, além de algumas nações africanas e asiáticas. A ausência de líderes de potências ocidentais reforça a necessidade de repensar a estratégia diplomática da Venezuela para recuperar influência e atrair investimentos externos.