Novo sistema de regulação de pacientes em Goiás promete reduzir filas e agilizar atendimentos na rede pública de saúde.
O estado de Goiás lançou um novo sistema de regulação de pacientes na saúde pública, com o objetivo de agilizar atendimentos e otimizar o uso dos recursos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A ferramenta entrou em operação nesta semana, prometendo maior eficiência na gestão de leitos e serviços especializados.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o sistema utiliza inteligência artificial para priorizar casos mais urgentes, garantindo que pacientes em estado crítico tenham atendimento mais rápido. A inovação também possibilita o acompanhamento em tempo real das solicitações feitas por unidades de saúde, o que facilita a tomada de decisões por gestores.
O secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio, destacou que a mudança busca acabar com gargalos históricos, como filas de espera prolongadas e dificuldades na transferência de pacientes entre hospitais. “O novo sistema não apenas aumenta a transparência, mas também reduz o tempo de espera ao organizar melhor os fluxos de atendimento”, afirmou.
A implementação foi feita em parceria com empresas especializadas em tecnologia e contou com investimento de cerca de R$ 10 milhões. A plataforma será integrada a todas as unidades de saúde públicas do estado, incluindo hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Ministério Público Estadual acompanharam a implantação do sistema. Segundo os órgãos, a medida tem potencial para melhorar o atendimento ao cidadão e a alocação de recursos. No entanto, será necessário monitorar os resultados para avaliar a efetividade do modelo.
Com a mudança, o governo de Goiás espera reduzir o tempo médio de regulação de leitos de 48 horas para menos de 12 horas até o fim de 2024. A população poderá acessar informações sobre sua posição na fila de espera por meio de um aplicativo, que está em fase final de desenvolvimento.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que, embora o sistema represente um avanço, será essencial garantir infraestrutura adequada e capacitação dos profissionais de saúde para que os benefícios sejam plenamente alcançados.