Expectativas ajustadas refletem cenário de inflação e maior cautela com a política monetária.
As projeções econômicas para 2025 foram revisadas por analistas, que ajustaram para cima as expectativas em relação à Selic, ao dólar, ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e ao PIB (Produto Interno Bruto). Esse movimento reflete um cenário de incertezas relacionadas à política monetária e à inflação, que seguem influenciando as decisões de mercado.
De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a expectativa para a Selic no final de 2025 foi elevada de 10% para 12,5%. A previsão reflete as preocupações com o controle da inflação, que continua pressionada, e a necessidade de uma política monetária mais restritiva. O IPCA, que atualmente está próximo de 5%, deve permanecer acima da meta de 3%, forçando o Banco Central a adotar medidas mais severas para garantir a inflação sob controle.
A projeção para o dólar também sofreu ajustes, passando de R$ 5,10 para R$ 5,50 em 2025. A desvalorização do real em relação à moeda americana reflete a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos e a instabilidade externa, que impacta a economia brasileira.
Quanto ao PIB, analistas revisaram a expectativa de crescimento de 2,5% para 3%, devido à continuidade do impulso em setores como serviços e infraestrutura. O desempenho econômico esperado está sendo sustentado pelo consumo interno e pela recuperação gradual do mercado de trabalho, mas também enfrenta desafios de alta nos custos de produção e incertezas globais.
Economistas destacam que o ambiente global de juros mais altos, a recuperação do crescimento em países avançados e a persistência da inflação no Brasil são fatores que influenciam as projeções mais cautelosas para o próximo ano. A expectativa é que o Banco Central mantenha o tom rígido em relação à política monetária, a fim de garantir a estabilização dos preços e a sustentação do crescimento econômico.
