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Mercado prevê déficit fiscal menor em 2024 e 2025, mas endividamento deve crescer.

Projeções do relatório Prisma apontam melhora nas contas públicas, mas sinalizam alerta para a trajetória da dívida.

O mercado financeiro ajustou suas expectativas para as contas públicas brasileiras, prevendo déficits fiscais menores em 2024 e 2025. O Relatório Prisma Fiscal, divulgado pelo Ministério da Fazenda, mostra que a melhora nas projeções reflete uma expectativa de maior controle de gastos e aumento na arrecadação. No entanto, a dívida pública deve continuar em alta, levantando preocupações sobre a sustentabilidade fiscal no médio prazo.

Para 2024, analistas consultados pelo Prisma projetam um déficit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), menor que as estimativas anteriores. Para 2025, o número também foi reduzido, indicando maior confiança na capacidade do governo de alcançar equilíbrio fiscal. A revisão ocorre em meio a esforços da administração federal para implementar regras de ajuste fiscal, como o novo arcabouço fiscal e medidas de aumento de receitas.

Apesar disso, a trajetória da dívida pública segue como ponto de atenção. O Prisma aponta que a relação dívida/PIB pode superar 80% nos próximos anos, à medida que o governo recorre a financiamentos para cobrir déficits e estimular investimentos. Esse cenário gera dúvidas sobre a capacidade de o Brasil manter uma trajetória de endividamento sustentável diante de um ambiente global de juros altos e restrição de crédito.

Especialistas destacam que, enquanto a redução do déficit é um avanço, o aumento da dívida pode impactar negativamente a confiança de investidores e as condições de financiamento para empresas. A estabilidade fiscal é vista como crucial para atrair capital e sustentar o crescimento econômico, especialmente em setores dependentes de investimentos de longo prazo.

A melhora das projeções reforça o papel da gestão fiscal responsável como pilar para fortalecer a economia brasileira, mas aponta que o equilíbrio entre ajuste fiscal e crescimento ainda será um desafio nos próximos anos.

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