Montadoras acusam favorecimento a fabricantes chineses em disputa por incentivos fiscais no setor automotivo.
Uma guerra de lobby entre montadoras tomou força no Brasil, com acusações de favorecimento às empresas chinesas. O debate gira em torno de incentivos fiscais e políticas de estímulo ao setor, que algumas montadoras alegam beneficiar desproporcionalmente os veículos importados da China.
Fabricantes tradicionais afirmam que as medidas propostas podem desequilibrar o mercado, prejudicando a produção local e gerando concorrência desigual. Executivos destacam que os custos operacionais no Brasil, aliados à carga tributária elevada, já colocam as montadoras nacionais em desvantagem.
Do outro lado, representantes de empresas chinesas negam as acusações e argumentam que seus veículos oferecem inovação e competitividade, sendo uma alternativa para consumidores em busca de preços mais acessíveis e tecnologias avançadas, como veículos elétricos.
O governo, alvo das críticas, defende que as políticas visam modernizar o mercado e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Uma fonte do Ministério da Indústria afirmou que “não há intenção de favorecer uma origem específica de veículos, mas sim promover a transição para uma frota mais sustentável”.
Analistas apontam que a disputa reflete uma mudança no setor automotivo global, com o avanço das fabricantes chinesas no mercado internacional. O resultado das negociações pode impactar tanto a estratégia das montadoras quanto o preço final para os consumidores brasileiros.
O tema deve ganhar novos capítulos nos próximos dias, com discussões previstas entre governo, empresas e associações do setor.