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INSS, Modernização, filas e novos desafios.

Beneficiários do INSS enfrentam filas e mudanças no atendimento enquanto governo investe em tecnologia e reforço de pessoal.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsável por gerir benefícios previdenciários no Brasil, enfrenta desafios crescentes em 2024. A fila de segurados à espera de atendimento e análise de benefícios ainda preocupa, mesmo com iniciativas recentes para agilizar processos e modernizar o sistema.

Dados do último relatório do instituto mostram que mais de 1,2 milhão de pedidos aguardam análise. Embora tenha havido uma redução em relação ao início do ano passado, o ritmo de processamento ainda está aquém do esperado. O principal gargalo é a falta de servidores. Desde 2018, o número de funcionários diminuiu quase 30%.

Para enfrentar a situação, o governo anunciou novas contratações e investimentos em tecnologia. Um edital de concurso público foi publicado em novembro, com previsão de ingresso de 2 mil novos servidores em 2024. Além disso, o INSS ampliou o uso de inteligência artificial (IA) para automatizar tarefas simples, como revisão de documentos.

Outra mudança importante é a revisão da prova de vida. Desde 2023, o procedimento passou a ser feito automaticamente, cruzando dados de diferentes bases públicas, como uso de cartões de crédito e consultas médicas. A medida trouxe mais praticidade aos segurados, especialmente aos idosos.

Especialistas apontam, no entanto, que a transformação digital precisa ser acompanhada por investimentos na capacitação dos servidores e melhorias no atendimento presencial. Para a advogada previdenciária Carolina Alves, “a digitalização facilita o processo, mas muitos segurados têm dificuldade em usar a tecnologia e ainda dependem do atendimento humano”.

O desafio para 2024 será equilibrar a modernização com a inclusão. Segundo o Ministério da Previdência, a meta é reduzir a fila de espera em 30% até o final do ano. A promessa é ambiciosa, mas necessária para atender aos 36 milhões de beneficiários que dependem do INSS para sobreviver.

O instituto segue como peça central na seguridade social do Brasil, mas precisa superar entraves históricos para garantir a eficácia dos serviços e a confiança dos segurados.

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