O setor saúde infelizmente sofre com uma defasagem em seus processos, métodos e gestão (ou falta deles), fato é que o setor vive uma crise sem precedentes, onde o setor privado se arrasta para se manter como instituição e arcabouço funcional para assistência, operadoras de planos de saúde amargando prejuízos cada vez maiores e caminhando para uma insolvência e o setor público rasgando dinheiro, e o que não é rasgado é jogado pela janela. Um verdadeiro caos, é sabido que a solução para tudo isso é a atuação de bons profissionais aplicando metodologias, estabelecendo processos e inovando a gestão hospitalar, mas é aí que começam os problemas novamente e caímos em um paradoxo, onde temos alguns bons profissionais sim na área mas que ainda estão presos aos velhos métodos e não entendem que as soluções de ontem não servem para resolver os problemas de hoje, profissionais que foram forjados e não treinados e capacitados, presos a velha administração.
Observa-se que é necessário os administradores e gestores hospitalares se capacitarem e até mesmo se atualizarem, deixarem as amarras dessas pseudo metodologias para provocarem de fato uma verdadeira reforma no setor, trazendo benchmarking e cases de sucesso de setores que funcionam e aferem lucros consideráveis, como é o caso da indústria que mesmo em um cenário macro econômico nada favorável do país vem se alavancando e está a 1,1% de chegar aos níveis pré pandemia e 17,7% do recorde histórico de 2011, então é sim um avanço e um bom sinal, um sinal de gestões eficientes.
Então conclui-se que, para a sobrevivência do setor saúde e principalmente garantia de acesso da maioria da população a este serviço é urgente a necessidade de uma reforma profissional no setor, e capacitação dos que lá estão, é doloroso falar, mas quem acha que está fazendo gestão hoje, infelizmente não está e está fazendo com que o setor vá em rumos equivocados e caminhe para uma insolvência.
Pedro Henrique Pimenta
Administrador. Especialista em Controladoria e Finanças com foco em Gestão Hospitalar.