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Quando a Excelência no Trabalho Se Torna um Problema.

O risco de ser bom demais e as consequências inesperadas da alta performance.

No mundo corporativo, ser um profissional dedicado, eficiente e altamente produtivo é, sem dúvida, um diferencial. No entanto, especialistas apontam que o excesso de competência pode se transformar em um problema para o próprio trabalhador. Muitos profissionais que se destacam por sua excelência acabam sobrecarregados, não são devidamente reconhecidos ou até mesmo enfrentam resistência por parte de colegas e gestores.

Um estudo recente da Harvard Business Review destacou que funcionários considerados “altamente eficazes” frequentemente assumem mais responsabilidades do que seus pares, sem que isso necessariamente resulte em promoções ou aumentos salariais. Pelo contrário, muitos desses profissionais encontram dificuldades em delegar tarefas e sofrem com o esgotamento mental.

Além disso, há casos em que a alta performance gera um efeito colateral inesperado: a resistência do ambiente de trabalho. Em algumas empresas, colegas podem ver um profissional extremamente eficiente como uma ameaça, e gestores podem hesitar em promovê-lo por temerem a dificuldade de encontrar alguém à altura para substituí-lo na função atual. Esse fenômeno, chamado de “efeito supercompetência”, pode gerar frustração e até levar talentos a deixarem seus empregos.

Outro aspecto preocupante é a sobrecarga imposta a esses profissionais. Muitas vezes, a lógica empresarial faz com que, ao perceber um funcionário altamente produtivo, a organização aumente suas demandas sem reequilibrar sua carga de trabalho. Isso pode resultar em exaustão, estresse e, em casos mais graves, no burnout, um problema cada vez mais comum no mercado de trabalho.

Para evitar que a excelência se transforme em um fardo, especialistas recomendam que os profissionais estabeleçam limites claros, aprendam a delegar e saibam valorizar seu próprio trabalho. Além disso, cabe às empresas reconhecer e recompensar devidamente aqueles que fazem a diferença, garantindo que a alta performance não seja apenas um passaporte para mais trabalho, mas também para crescimento e reconhecimento profissional.

Ser excelente no que faz é uma grande qualidade, mas saber equilibrar essa excelência com qualidade de vida e reconhecimento profissional é essencial para uma carreira sustentável e satisfatória.

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