Em entrevista, especialista critica postura do governo e analisa erros e acertos do Brasil nas últimas décadas, além de comentar declarações de Trump sobre Lula e Milei.
O economista e especialista Fabio Giambiagi não poupou críticas ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, definindo-o como uma “gestão envelhecida”. Em uma entrevista ao Radar Econômico, Giambiagi argumentou que o governo atual falha em adotar uma postura inovadora e em promover as reformas necessárias para garantir o crescimento sustentável do Brasil.
“Estamos vendo uma repetição de fórmulas que não são mais adequadas para os desafios contemporâneos. Em vez de abraçar mudanças estruturais, a gestão Lula tem se apoiado em soluções do passado, o que impede o Brasil de avançar com a velocidade necessária”, afirmou o economista, que também destacou a falta de uma visão clara sobre a modernização da economia brasileira.
Giambiagi também analisou os acertos e erros do país nas últimas décadas, destacando que, embora o Brasil tenha avançado em áreas como inclusão social e redução da pobreza, os problemas estruturais continuam sendo ignorados. Para o especialista, a ausência de reformas profundas nas áreas fiscal e previdenciária tem sido um dos maiores obstáculos ao crescimento econômico sustentável.
O especialista também comentou as recentes declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez uma “alfinetada” no governo Lula e no presidente da Argentina, Javier Milei. Trump acusou os líderes sul-americanos de adotar políticas que, segundo ele, são prejudiciais para os próprios países. Giambiagi concordou com a crítica de Trump, afirmando que as políticas de Lula e Milei, apesar de diferenças ideológicas, carecem de visão de longo prazo e de um compromisso real com as reformas necessárias.
Para Giambiagi, o Brasil precisa de uma agenda mais ampla e corajosa, que vá além de ajustes pontuais e promova uma reestruturação econômica, com foco em eficiência e sustentabilidade. “O Brasil ainda está patinando em velhos problemas, e enquanto isso, países que antes estavam atrás, como o Chile e o México, estão avançando mais rapidamente”, completou.