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Aumento de acidentes com aviões particulares no Brasil preocupa autoridades.

Falhas na fiscalização, manutenção deficiente e baixa experiência de pilotos estão entre as causas do aumento de acidentes com aviões particulares no Brasil, alertam autoridades.

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um crescimento no número de acidentes envolvendo aviões particulares. Especialistas apontam que fatores como aumento da frota, falta de fiscalização, deficiências na formação de pilotos e manutenção inadequada estão entre as principais causas.

Expansão da aviação executiva

Com a pandemia de Covid-19, muitas pessoas passaram a evitar voos comerciais, impulsionando a demanda por aeronaves particulares. O aumento da frota de jatinhos e aviões de pequeno porte, no entanto, não foi acompanhado por um reforço na regulação e fiscalização.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Brasil tem mais de 15 mil aeronaves registradas na aviação geral, que inclui aviões particulares, táxis aéreos e agrícolas. O crescimento do setor trouxe desafios adicionais para a segurança operacional.

Fatores que contribuem para os acidentes

  1. Falta de fiscalização: A ANAC e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) enfrentam dificuldades para monitorar todas as aeronaves privadas, especialmente as operadas de forma irregular.
  2. Pilotos sem experiência suficiente: Muitos proprietários de aviões particulares têm habilitação para voar, mas não acumulam horas suficientes de voo para enfrentar situações adversas. Além disso, há relatos de treinamentos insuficientes e falta de reciclagem profissional.
  3. Manutenção inadequada: Algumas aeronaves são operadas sem a manutenção rigorosa exigida pelas normas de segurança. O uso de peças não certificadas e a falta de revisões periódicas aumentam o risco de falhas mecânicas.
  4. Condições meteorológicas: Muitos acidentes ocorrem por decisões equivocadas dos pilotos ao voar em condições meteorológicas adversas, sem equipamentos adequados ou treinamento específico para operar sob baixa visibilidade.
  5. Voos irregulares e clandestinos: O uso de aeronaves particulares para fins comerciais, sem seguir as normas da ANAC, também tem sido um problema recorrente. Isso inclui táxis aéreos clandestinos e fretamentos sem as devidas autorizações.

Ações para reduzir os acidentes

Diante do aumento de ocorrências, especialistas recomendam que o governo e as autoridades do setor reforcem a fiscalização e ampliem a exigência de treinamentos para pilotos. Além disso, campanhas de conscientização sobre a importância da manutenção preventiva podem ajudar a reduzir os riscos.

O CENIPA tem alertado para a necessidade de aprimorar a cultura de segurança na aviação executiva. Medidas como auditorias mais rigorosas e restrições ao uso de aeronaves privadas para serviços clandestinos também estão sendo debatidas.

Enquanto isso, o número de acidentes segue em alta, colocando em risco a vida de pilotos, passageiros e até pessoas em solo. O desafio agora é equilibrar o crescimento da aviação particular com a segurança necessária para evitar tragédias.

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